Exercícios físicos e a saúde dos ossos

Atividade física é uma fator essencial para a saúde dos ossos. Os benefícios dos exercícios para o esqueleto têm se manifestado por todo o ciclo de vida. Exercícios podem: afetar positivamente o pico de massa óssea em crianças e adolescentes; auxiliar a manter ou mesmo promover um modesto aumento na densidade óssea em adultos; auxiliar na diminuição da perda de massa óssea devida à idade em adultos mais velhos.

Exercícios e o Pico de Massa Óssea

 Em torno dos 18 anos o crescimento do esqueleto está quase completo. A quantidade do pico de massa óssea alcançado, e a subseqüente taxa de perda são os fatores-chave para a massa óssea depois na vida. Há evidência substancial de que os exercícios físicos desempenham um papel importante na aquisição de massa corporal na juventude. Atividades de alto impacto e de levantamento de peso como correr, pular, jogar futebol e vôlei, parecem ser as mais benéficas para o esqueleto. Os ganhos proporcionados por essas atividades parecem ser mais pronunciados no esqueleto periférico do que na espinha lombar.

Ofortalecimento muscular também pode influenciar na construção dos ossos. Atividade muscular, até em áreas distantes da espinha e quadril, podem ter impacto positivo na densidade óssea dessas áreas. Nem toda jovem fisicamente ativa colhe os efeitos benéficos do exercício ao esqueleto. Garotas e mulheres que experimentam uma quebra no ciclo menstrual devido ao excesso de exercícios podem sofrer perda óssea que nunca será totalmente recuperada (estima-se que a predominância de amenorréia em atletas mulheres varia de 10 a 45%). Há grande preocupação que essas mulheres jovens tenham um risco maior de fratura de estresse e fraturas no quadril e espinha.

Claramente há vários outros fatores além do exercício que afetam o pico de massa óssea. Situação hormonal, composição corporal, ingestão de nutrientes e uso de medicamentos também são influências importantes para a densidade óssea.

 Atividade Física em Mulheres Adultas

Enquanto provavelmente 97% da massa óssea é adquirida até os 18 anos de idade, tem sido observado aumento de densidade óssea até a terceira década de vida. Em alguns casos, até um aumento moderado de atividade física por mulheres entre 20 e 30 anos pode aumentar a densidade óssea e, potencialmente, diminuir o risco a longo prazo de fraturas.

A maioria dos estudos em mulheres pré-menopausa demonstrou o efeito positivo de exercícios, com as atividades de maior impacto e carga produzindo os maiores benefícios para o esqueleto. Os efeitos da atividade física foram mais pronunciados entre aquelas que eram menos fisicamente ativas, uma observação que também foi feita em outras faixas etárias também.

Pós-menopausa e depois

 Exercícios físicos continuam conferindo benefícios ao esqueleto a muita mulheres pós-menopausa. Porém, não há evidencias que somente a atividade física seja suficiente para compensar completamente os efeitos danosos da perda de estrogênio nos primeiros 3 ou 5 anos seguintes à menopausa. Assim que a fase de perda óssea acelerada está completa, exercício físico regular pode ter um efeito de proteção aos ossos. Assim como em outras faixas etárias, mulheres pós-menopausa ativas tendem a tem maior densidade óssea de que as mulheres pós-menopausa sedentárias.

Devido às preocupações músculo-esqueléticas, mulheres mais velhas são menos propensas a participar de atividades de alto impacto. Atividades regulares como caminhar, praticar musculação e aeróbica de baixo impacto podem, de forma segura, diminuir a perda óssea relacionada à idade, reduzir o risco de fraturas e elevar a qualidade de vida para mulheres de mais idade.

 Prevenção de Quedas e Fraturas

A massa e força da musculatura esquelética também diminuem com a idade. O enfraquecimento muscular pode agravar o problema da baixa densidade óssea ao aumentar o risco de quedas e fraturas. Um estudo do "National Institute on Aging" avaliou os efeitos de programas desenhados para minimizar o risco de fraturas em idosos. Os testes do FICSIT (Frailty and Injuries: Cooperative Studies of Intervention Techniques) avaliaram os efeitos de várias atividades físicas em reduzir o risco de quedas. Estratégias como treinamento com pesos, treinamento de equilíbrio computadorizado e Tai Chi mostraram-se promissores para a redução de quedas e das fraturas decorrentes disso.